sexta-feira, 26 de junho de 2020

PARTE II DA MONOGRAFIA

CAPÍTULO 2

3- A PARÁBOLA DO JOIO

Mateus 13. 24-30 diz:

 24- Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo;

25- Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.

26- E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.


27- E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?


28- E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo?


29- Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.


30- Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.


 


3.1- A PARÁBOLA

 

O tema central da pregação de Jesus é o Reino de Deus. Sob essa perspectiva é que os evangelhos sinópticos resumem sua mensagem: Marcos 1.15 no sumário, Mateus e Lucas nas expressões: "anunciar o evangelho do reino," Mt 4.23; 9.35 e anunciar a boa nova do reino Lc 4.43; 8.1; 9.2,60. Todos os evangelistas se propuseram a elaborar a temática do Reino de Deus, pois foi isso que Jesus mais se preocupou em sua jornada.

Sobre a terminologia nos evangelhos se alternam o Reino de Deus e o reino dos Céus. As duas expressões significam a mesma coisa, pois os "céus" é mera circunlocução para Deus, Jeremias (2008).

 

3.2- RESPOSTA A CERTA DECEPÇÃO

 

A questão da decepção gira em torno do Reino de Deus e um certo “fracasso. As parábolas do joio no meio do trigo e a do semeador (13.1-9) são negativas o resultado do Reino. Logo, em uma parábola o fracasso se dá a qualidades diferentes dos terrenos, outro, porém, a uma semente que concorre com a original e que essa concorrente é uma ação do inimigo. Quaisquer que sejam os problemas vigentes, a situação é a mesma, segundo Gourgues (2004): “a chegada do Reino não se manifesta por meio de resultados assombrosos e uniformemente positivos" não depende da ação do homem.

Essa situação de certa decepção se mostra com a missão de Jesus de explicar aos discípulos através da parábola, por meio de sua ação e pregação, o Reino, a grande intervenção escatológica de Deus aos homens está acontecendo. Porém, se pode averiguar que o mal e sua força ainda se fazem notório com a sua resistência. Logo, nos perguntamos: “O que mudou com a chegada do Reino dos Céus?” Esperava-se que com a chegada do Reino de Deus desaparecesse o mal e o aniquilamento dos pecadores. Gourgues (2004) vai dizer que existem escritos do judaísmo contemporâneo, que tal espera tem grande analogia com a pregação de João Batista, Mateus (3.7-10.12) e Lucas (3.7-9.17). Infelicidade, grita o precursor, ao pecador que não estiver convertido quando aparecer a salvação de Deus. E desta salvação somente os justos serão contemplados (Mt 13.30a) como na pregação de Batista (3.12b), se veem identificados com o trigo que se recolherá no celeiro. Ao contrário, a palha, à qual queria responder os pecadores, será queimada (3.12b), assim como o joio (13.30a).

Muito se tem pensado sobre o que é o Reino de Deus. Porém, ainda é muito obscuro o que seja o Reino de Deus, segundo o autor Ladd (2003) desde Agostinho aos reformadores o pensamento dominante era que o Reino de Deus fosse de alguma forma identificado com a Igreja, entretanto, hoje quase nenhum estudioso concorda mais com esse pensamento, mas há uma grande aceitação de que a Igreja é o povo deste Reino. Ladd (2003) vai ainda mais fundo ao dizer que o Reino de Deus é interpretado como a pura religião profética ensinada por Jesus: A paternidade de Deus, "irmandade dos homens", o valor infinito da alma do indivíduo e a ética do amor. Muitos estudiosos interpretam o Reino basicamente em termos da experiência religiosa pessoal - o Reino de Deus na alma do indivíduo.

 

3.3- A TRAMA

 

A parábola do joio no meio do trigo faz parte de um capítulo que reúnem 7 parábolas em seu contexto. Depois do Sermão da Montanha de Mt 5-7 e do discurso de envio em missão de Mt 10, o discurso parabólico se apresenta como o terceiro grande discurso de Jesus Cristo. Os três grandes discursos de Jesus fazem parte de seus ensinos éticos e morais aos homens, além do cunho espiritual, mas Jesus dá uma ênfase muito maior ao caráter ético segundo Marchall (2007).

Somente Mateus registrou essa parábola, a explicação se acha em Mateus 13. 36-43 essa parábola assim como a do tesouro escondido, a da pérola de grande preço, a da rede de pesca e a do pai de família são peculiares a Mateus, assim como nos mostra a hipótese da teoria dos “dois documentos” supracitada no capítulo 1 onde se fala a respeito dos evangelhos sinóticos. Evidentemente essa perícope se originou na tradição oral ou escrita, provavelmente preservada pela igreja de Antioquia.

Não nos surpreende que Mateus fale sobre os assuntos do tempo do fim e do julgamento, pois Mateus se ocupa mais com esses assuntos do que os outros evangelistas e isso nós vemos claramente em seus discursos parabólicos. Alguns estudos têm identificado essa parábola com o trecho de Marcos 4.26-29 – parábola do Crescimento Inconsciente da Semente – e entre tais estudiosos grande é o debate sobre qual das apresentações das palavras de Jesus – Mateus ou Marcos – seria a fonte original desta perícope. Porém, as semelhanças são superficiais e a intenção da lição, em cada caso, é inteiramente diversa.

Segundo Dood (2010) diz que essa parábola é peculiar a Mateus e que muitos pensam que Mateus elaborou segundo a parábola de Marcos, entretanto, Dodd diz que isso é improvável, pois a parábola de Mateus é independente, é descrita de maneira clara e concisa e que certamente Marcos que tenha se inspirado em Mateus. Provavelmente essas palavras representam ditos diferentes de Jesus, proferidos sob circunstâncias e em ocasiões diferentes. Além do motivo homilético que predomina em Marcos, na interpretação de Mateus já atua o escatológico: a lição é que na igreja existem membros bons e maus antes do juízo final. A parábola do joio é principalmente profética e escatológica, estendendo-se até o julgamento final, ao passo que a parábola do crescimento inconsciente da semente em Marcos é apenas outra parábola que ilustra o caráter geral do desenvolvimento do reino dos céus entre os homens, como é ilustrado pelas parábolas do fermento e do grão de mostarda.

A parábola do grão de mostarda ilustra o crescimento observado do lado de fora; a parábola do fermento observa pelo lado de dentro esse mesmo crescimento; e a parábola que se lê em Mc 4. 26-29 crescimento inconsciente da semente contempla esse crescimento de maneira que não pode ser visto pelos homens. De acordo com Kingsbury (2001) Mateus 13 é o "ponto tuming" de todo o evangelho de Mateus. Uma vez que os judeus rejeitam Jesus, nos capítulos 11-12 como Messias e fundador do Reino escatológico de Deus, Jesus enfrenta-os no capítulo 13. Nesta interpretação, Mt 13,36 tem uma importância fundamental como ponto de ruptura de uma mudança no discurso parabólico.

No entanto, caso contrário indica que já em 12. 22-45, mesmo com 11. 16-24 dominar o discurso condenatório. Além disso, nada mudou depois o ponto da mudança: Jesus está se dirigindo ao povo depois do capítulo 13, e a cidade ainda está aberta para ele. O ponto de mudança ocorre em estágios; também o capítulo 13 o discurso não é simplesmente uma parte "comum" a narrativa do evangelho, mas fazem parte de um todo, um compêndio no livro de Mateus.

 

3.4- ESTRUTURA

 

Segundo Gourgues (2004) se analisarmos a parábola do trigo e do joio veremos que ela se desenvolve em duas seções bem simples: 1- 13.24-28a descrevem a situação da parábola, a trama em si; 2- 13.28b-30 a solução dessa trama. Sendo assim, essa construção é parecida com a forma de um quiasmo, onde dois elementos (AA’) se correspondem em torno de um polo central (B), vejamos:

Parte I 13.24-18a – Situação (O esquema seguido foi retirado de Gourgues 2004, p.35)

A. Semente do Trigo (24) / Semente do Joio (25)

B. Crescimento do Trigo (26a) / Crescimento do Joio (26b)

A’. Semente do Trigo (27) / Semente do Joio (28a)

Parte II 13.28b-30 – Solução

A. Afastada: Arrancar o Joio (28b) / Arrancar o Trigo (29)

B. Conservada (agora): Deixar crescer juntos (30a)

A’. Conservada (no fim): Arrancar o Joio (30b) / Recolher o Trigo (30c)

Na Parte I (A’), é lembrado que a questão levantada pelos servos e a resposta dada pelo senhor, que era a questão das sementeiras boas e ruins. Logo A’ e A se coincidem, ou seja, “semear uma boa semente no campo”, que é a Parte I e na Parte II acontece na última parte do v.30, A', o senhor indica que é preciso reservar para o tempo da colheita as operações que no v.28b-29 (A) os servos propunham realizar a tarefa.

Onde dois elementos se correspondem em torno de um polo central; processo estilístico que consiste em formar uma antítese, dispondo em ordem inversa e cruzada os elementos que a constituem. Dicionário Aurélio 2008-2014 O elemento B, central, se corresponde de igual modo, ou seja, o crescimento simultâneo das sementes ruins plantadas pelo inimigo e as boas semeadas pelo proprietário. Na trama II consiste em o crescimento dessas ervas enquanto na solução o senhor deixa crescer as duas sementes juntas até o tempo da ceifa, as duas podem e devem crescer juntas para não haver o erro de tirando o joio tirar o trigo. O dono lamenta a presença do joio, porém ele sabe muito bem que na ocasião da ceifa poderá separar os dois. A parábola é um quadro real na vida no campo descrito com vivacidade e propriedade. A tensão se dá no ponto em que o lavrador descobre que há joio no meio do trigo, segundo Dood (2010).

Portanto, a ênfase maior não está no crescimento das sementes boas ou ruins, ou o que fizeram que é a questão do plantio da semente ruim, ou até mesmo no que será feito após a colheita, o que importa não é o que aconteceu e nem o que acontecerá com as sementes, o cerne, o ponto fulcral da parábola está no que está sendo feito no presente, o agora. Muitos têm discutido o tema dessa parábola, se preocupando em que ênfase o autor deve dar, se é na semente de trigo ou de joio, a parábola da boa semente e assim por diante, o autor Gourgues (2004) diz que o título deveria ser “O joio no meio do trigo” ele continua dizendo que a estrutura da parábola ressalta como elemento central de cada um a das partes: de um lado, a mistura manifestada na etapa do crescimento (13.26); de outro lado, a solução prescrita pelo senhor (13.30).

 

3.5- DESENVOLVIMENTO

 

Para se ter uma noção segundo Gourgues (2004) essa parábola é de fato permanente a Mateus, pode observar na introdução claramente um linguajar mateano: “Propôs-lhes outra parábola...” Assim como em 13.31 para introduzir a parábola do grão de mostarda e em 13.33, um linguajar bem parecido para a parábola do fermento.

Além desse aspecto há outra questão em 13.24b: “O Reino dos Céus é semelhante a um homem..." A explicação da parábola é alegórica, mas mesmo sendo alegórica a parábola apresenta pontos obscuros. Essa parábola assim como as duas seguintes (v.31-33) apresenta o mesmo tema, a de plantação. Essa parábola é muito chamativa, pois sua interpretação não se dá a todos somente em casa e para os discípulos em particular. A perícope se desenvolve em duas partes; o diálogo do servo com o proprietário 27-30, a primeira sentença do diálogo se desenvolve em torno da “semente” da “boa semente” e a ação do inimigo ao plantar a "semente ruim"; e a segunda sentença 28-30, contém a resposta do proprietário ao lavrador aonde fora bem enfático para não tirar o joio do meio do trigo, esta parábola contém algumas singularidades, mais da metade desta contém em um diálogo onde nada acontece em sua história.

A estrutura temporal é complexa e juntamente com o tempo do plantio e a fase de crescimento com o tempo da colheita. A segunda sentença contém a resposta aos segadores. A história resulta em 3 atos, este último em forma de anúncio. Alguns detalhes parecem ser dissonantes. O agricultor que semeia (v. 24), pessoalmente, passa a ser um proprietário com muitos servos. Essa narrativa parece infringir leis da parábola, tais como o desenvolvimento retilíneo e a redução ao mínimo das pessoas participantes. Assim como outras parábolas, há um momento em que o inimigo age para poder causar dano a semente lançada. Mas essa ação não é, como é muitas vezes o núcleo da história, mas sim um ponto de uma ronda de perguntas em que o proprietário explicou largamente.

A proposição da frase v.24 “Um homem que semeou boa semente...” Dá-nos a entender que é uma expressão sem valor, pois ninguém semeia sementes ruins. Pois mesmo assim o texto nos mostra que outra pessoa também semeou e este não foi sementes boas e sim ruins se nota no v.25 "...mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se...” Vemos que o autor faz alusão além do joio, à noite e ao inimigo, de facto, houve uma intenção de prejudicar a plantação e o dono. Pois é a noite que se cometem roubos e danos (Mt 24.43). Observa-se, então, que “enquanto todos dormiam” há um grande espanto que toma os servos (v.27), pois semearam a erva daninha quando todos dormiam quando a plantação estava vulnerável.

Mas o que é joio então? Segundo Moody (2001): seu nome técnico é lolim temulintum: uma erva daninha específica dos campos de cereais, uma planta nociva. O joio cresce normalmente com as sementes e produzem estragos o bastante, imagine semeando como fez o malfeitor dessa parábola. Segundo Stern (2008) o judaísmo entende que o joio não é uma planta diferente do trigo, mas uma forma degenerada dele. Bock (2006) diz que o simbolismo, aparentemente, não se refere ao trigo, mas, sim, ao joio, que é muito parecido com o trigo a ponto de ser difícil de dizer a diferença entre eles durante seu ciclo de crescimento, algumas vezes, a briga de um lavrador com seu vizinho pode estragar uma plantação, sendo assim, o conflito acrescenta um tom de animosidade. o inimigo procura corromper a presença da boa semente que brota.

Há de se observar (v.26) que há um crescimento de igual modo entre duas sementes, quando a erva cresceu e começou a dar o fruto viu-se o joio crescendo de igual modo. O joio possui característica muito própria que se iguala ao trigo, logo é muito idêntico ao trigo, seu formato, seu fruto até chegar ao momento da formação da espiga. Pode-se observar o grande espanto dos servos quando olham a plantação e veem que tinha joio no meio do trigo, a questão não é o joio em si, pois o joio cresce naturalmente sendo plantado ou não, o espanto está na tamanha quantidade que havia de joio na plantação. Pois, só se dava para notar a diferença quando as sementes já estavam grandes e quando o trigo já estava com a espiga. Por isso o espanto foi grande, pois eles tinham a certeza de que o seu senhor tinha semeado sementes boas. Esse cenário armado dá a entender que o inimigo o fez de má intenção para prejudicar a plantação. O que então se deve fazer nessas condições? Os servos trazem uma solução equivocada e esperada e esta é na mesma hora rejeitada pelo senhor e o mesmo traz uma solução que dará jeito na erva daninha.

A solução dos servos: “Queres, então, que vamos arrancá-lo” (v.28b). o verbo arrancar aqui empregado no grego significa em geral “apanhar, recolher”, entretanto, no v.29, quando se dá a resposta, o senhor usa o mesmo verbo mas, seguido desta vez do verbo e krizoô, “desenraizar, extirpar” (p.39) a proposta do senhor foi: “Não, para não acontecer que, ao arrancar o joio, com ele arranqueis também o trigo.” Os servos parecem esquecer de que aconteceria com o trigo e como o joio cresceu juntamente com o trigo não tinha como mais arrancar o joio. Quando analisamos a questão do senhor levantada para que “não arranqueis o trigo se não arrancaria o joio também” (p. 39) a versão transmitida pelo evangelho de Tomé parece favorecer a segunda explicação. Com efeito, ela deixa entender que trigo e joio são ainda indiscerníveis e que a diferença só aparecerá no fim, daí o risco de confundi-los agindo agora: “O homem não os deixou arrancar o joio, em Mateus 13.29 diz: Ele lhes diz: de modo que venham arrancar o joio e que arranquem o trigo com ele; com efeito, no dia da colheita, os joios aparecerão: serão arrancados e serão queimados.”

As duas explicações são plausíveis e não há nenhum problema em usá-las, como por exemplo, o caso de Jeremias (2008) que comentando o v.29 escreve: “O senhor é de opinião de deixar o joio, porque de fato há joio demais (...) e o resultado é que com tal quantidade de joio as raízes deste se emanharam com as do trigo.” Jeremias ainda diz que os homens não têm condições nenhuma de fazer uma triagem bem apurada porque o joio e o trigo se parecem muito e se assim fizessem arrancaria também o trigo. Se analisarmos com acuidade verá que a primeira interpretação se impõe com a segunda. A priori vemos que as espigas já cresceram o v. 26 dá a entender que o trigo e o joio chegaram à fase de crescimento em que podem ser distinguidos, sobretudo pelos servos. Já o v. 29 se impõe ao v. 26, nesse, v.29, a recomendação do senhor é “arrancando o joio”, não é a incompetência dos servos que o senhor teme em seguida o senhor diz “ao arrancar o joio, com ele arranqueis também o trigo”, esse é o que o senhor teme arrancar junto com o joio o trigo, pois os dois são muito parecidos.

Gourgues (2004) vai dizer que essa parábola possui muitas afinidades com a parábola da rede e uma delas é o fato de não ser feita a triagem dos peixes bons e maus na rede, mas, sim, esperar o fim para poder fazer a distinção entre os peixes, ou seja, somente quando chegar à praia que se poderá fazer uma triagem apurada dos peixes, somente na areia o pescador distinguirá os peixes bons dos ruins. Sendo assim seguindo nessa mesma perspectiva a parábola do joio e do trigo se dará na mesma proporção somente quando o segador fizer a sega que se poderá fazer uma triagem apurada e concisa das duas sementeiras.


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