TANQUE DE BETESDA
JOÃO 5.1-15
O vocábulo porta não faz parte do original embora tenha sido corretamente suprido pelas traduções. Algumas traduções dizem mercado, ou seja, mercado das ovelhas, mas é apenas uma conjectura. Essa tradução, porta das ovelhas, foi sugerida pelas passagens de Neemias 3.1,32 e 12.39. Recentes escavações arqueológicas têm desenterrado, por debaixo das ruínas da basílica de Santa Ana, um pouco ao norte da antiga área do templo, um grande tanque duplo, em forma de trapézio, dividido ao meio por uma larga parede, foi no ano de 1888, o professor e arqueólogo, Dr. Conrad Schick, achou esse grande tanque. Em uma de suas paredes havia a pintura de um anjo no ato de movimentar as águas! Segundo o credo e tradição judaica, de tempo em tempo, um anjo descia naquele tanque e movimentava as águas, o primeiro que entrasse no tanque após o movimento, era curado de qualquer enfermidade! Orígenes faz a descrição do lugar (princípio do séc III), o que corresponde a essa descoberta. Um século mais tarde a mesma descrição sobre o local foi dada pelos peregrinos de Bordeaux e por Cirilo de Jerusalém. Vemos, pois, que se tratava de um tanque de ovelhas, com quatro pórticos a rodeá-lo, além que um quinto pórtico no meio. Eram cobertos, e sob a sua sombra eram abrigados parcialmente os enfermos, do vento e da chuva. Ao lado da porta das ovelhas (que alguns têm identificado erroneamente com a porta de Santo Êstevão), portanto, é que ficava esse tanque, que fora transformado numa espécie de santuário religioso, onde teve lugar de várias curas, o que não diferia muito de modernos santuários de idêntica natureza.
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